No terceiro andar de um prédio dos anos 1970, com entrada bucólica, o casal de arquitetos Pedro Haruf e Daniela Torres encontrou o apartamento perfeito para chamar de lar. “As grandes janelas e a vista desimpedida atendiam aos nossos pré-requisitos para locação do imóvel”, lembram eles. A metragem ampla e o piso de taco, entre outros detalhes, os conquistaram de imediato. Fechado o contrato, teve início o projeto para decorar o novo endereço, em Belo Horizonte (MG).
“Ocupamos o espaço respeitando as restrições que um projeto em apartamento alugado impõe, mas sem abrir mão de deixar a casa com a nossa identidade”, explicam Haruf e Torres. Para aumentar ainda mais a iluminação natural dos ambientes, os interiores foram pintados de branco. “A solução para tornar o projeto único foi fazer escolhas certeiras de móveis, adornos e quadros. São coisas que contam nossa história: alguns objetos que desenhamos, outros assinados por amigos e parceiros, e outros que são realizações do nosso desejo”, resumem.
Outro ponto importante do processo criativo foi a compreensão da materialidade daquele imóvel: um pequeno edifício de inspiração modernista, onde a garagem tem piso de cacos de cerâmica, a escada e a circulação comum exibem granilite preto e branco e as paredes são cobertas de pastilhas de vidro colorido. Nos interiores, a dupla deu continuidade à exploração da materialidade. “Fizemos um revestimento de tijolinho em uma parede da sala, criamos marcenaria em lâmina natural de pau ferro, usamos tecidos e tapetes com textura, além dos mobiliários, que misturam metal, tijolo, madeira e crochê”, finalizam, felizes.
Foto: Dentro Fotografia
Fonte: Casa Vogue