A solução visa atender à situação emergencial de caminhoneiros que precisam desocupar o terreno localizado entre o Morro Ilhéu Alto e o Rio São Jorge (Bom Retiro).
Identificar uma área provisória para o estacionamento de 150 caminhões do Porto de Santos é uma das metas da Codesp para os próximos 30 dias. A solução visa atender à situação emergencial de caminhoneiros que precisam desocupar o terreno localizado entre o Morro Ilhéu Alto e o Rio São Jorge (Bom Retiro), para o andamento das obras da entrada da Cidade. Ainda sem prazo, a empresa também desenvolverá o projeto de um estacionamento maior e definitivo, em modelo de concessão.
As resoluções estão incluídas em um termo de compromisso assinado nesta sexta (1º) em reunião na sede da Autoridade Portuária, realizada após solicitações da Prefeitura e do Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens da Baixada Santista e Vale do Ribeira (Sindicam).
Em apoio à categoria, a Prefeitura requereu ao poder judiciário, junto com o sindicato, a prorrogação do prazo de desocupação. “Uma petição foi assinada em conjunto com Sindicam e protocolada nesta sexta. Fizemos a concessão até que a Codesp possa encontrar a solução”, disse o prefeito Paulo Alexandre Barbosa.
Segundo ele, os caminhoneiros também se comprometeram a desocupar a área. “Tivemos um bom diálogo com os caminhoneiros e a direção da Codesp. Isso é fundamental para avançar nesta questão importante para a Cidade, o porto e a vida das famílias dos caminhoneiros”, comenta otimista o chefe do Executivo sobre o resultado do encontro.
Neste período, as obras seguirão normalmente mesmo com a presença dos veículos pesados, sem comprometimento do cronograma, conforme o prefeito. “Os serviços não podem ser interrompidos e o canteiro de obras está em plena atividade”, explica.
Em conjunto
A equipe de engenharia da Codesp, junto dos próprios caminhoneiros, trabalhará na busca de possíveis áreas, que tenham como pré-requisito aproximadamente 10 mil m², sejam pertencentes à Codesp, Secretaria do Patrimônio da União (SPU) ou iniciativa privada.
Sobre o prazo de 30 dias, o diretor–presidente da empresa, Casemiro Tércio Carvalho, explica que existe a possibilidade de a área encontrada também precisar de terraplanagem ou alguma outra intervenção, mas como os caminhões estarão vazios, ele estima que o terreno não necessitará de uma compactação tão grande.
Desapropriação
Na última segunda-feira (18), foi feita a desapropriação de parte do terreno que era área alodial que pertencia à empresa Repcon, e solicitado o restante à SPU, por se tratar de área de Marinha.
Modelo de concessão é opção da Codesp para estacionamento definitivo
A Codesp estudará a solução definitiva para o estacionamento dos caminhões do Porto, por meio do modelo de concessão, com abertura de licitação para a inciativa privada desenvolver o projeto de engenharia e operar o pátio. “Como a autoridade portuária é o principal cliente desse serviço, estamos chamando a responsabilidade de fazer essa concessão”, justifica o diretor-presidente da empresa, Casemiro Tércio Carvalho.
O pátio definitivo precisará atender a cerca de mil caminhões oriundos de Santos, Guarujá e Cubatão. Em razão disso, ele justifica necessidade de prazo maior para identificação da área, estudos, serviços a serem oferecidos, valor a ser cobrado dos caminhoneiros, custo de investimento e de operação.
O projeto, segundo Carvalho, será desenvolvido de forma que atraia a iniciativa privada e atenda às necessidades dos caminhoneiros, com pavimentação adequada, água, esgoto, energia, serviços de borracharia e oficina, vivência, clínica médica, restaurante, barbearia, entre outros.
“Como vamos modelar o projeto, podemos identificar uma área tanto em Santos como Cubatão ou Guarujá; também podem ser três áreas ou uma só”, explica ele. Na reunião, a comissão do sindicato apresentou a proposta do Retão da Alemoa, cujo projeto existe desde 2005, mas foi descartado pela direção da Codesp por estar atualmente comprometido com outras intervenções.
A partir do comprometimento da autoridade portuária durante o encontro, o presidente do Sindicam, Alexsandro Viviani, acredita que o problema será resolvido definitivamente. “A reunião foi ótima e o presidente da Codesp se colocou positivo para resolver junto com a gente, dentro do prazo dado pela Prefeitura. Acreditamos no que foi acertado hoje e creio que o problema será resolvido”.